sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Apreço

Lhe tenho apreço, mas não pago qualquer preço.
Amor, só à vista. Planos à prazo.



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mini Palestra Desmotivacional, Por Julieta Sem Romeu

Antes de cantar 'O amor de Julieta e Romeu, igualzinho ao meu e o seu...', lembre-se: eles morreram no final.



Para quem não sabe, Julieta trocou Romeu por férias no litoral. Depois de flertar com um moreno de olhos verdes, desistiu dos amores de verão e assumiu a solteirice, que não é nenhum bicho papão.
Descansando sob o sol, a Capuleto se pegou pensando no Montéquio que deixara na cidade. Aliás, nele e em todos os Montéquios (incluindo Silvas, Monteiros e Castros), porque no fundo, Romeus mudam de look e meio de transporte, mas são (quase) os mesmos.
No começo, tudo são flores (atchim! Julieta é alérgica a flores). O problema, benzinho, é que flores murcham e às vezes até fedem. Pois é, fedem! E se você está saindo com um Romeu qualquer, que te manda sms no começo do dia e te faz sorrir, essa é a hora: Pare de ler e saia desse blog correndo, Julietazinha!
Apesar das dores de cotovelo brincadeiras, é claro que as relações não definham apenas por culpa dos homens (embora sejam sempre eles a dar mole pra uma @ de decote ou algo do gênero). Tem umas Julietas por aí que vou te contar, acabam com a classe!
Mimimi à parte, o lance é que Capuleto ou Montéquio, um dos lados sempre vai errar. E o outro também. Porque se você quer perfeição, meu amor, vá atrás de um robô - sugiro Wall-E, que é um robôzinho da Pixar bem simpático.
O que eu estava dizendo mesmo? Ah... Errar. Tá aí uma certeza, meu bem: todo mundo erra e todo mundo morre, o resto é lucro. Óbvio que quem entra numa história não chega lá pensando 'Vai, erra aí que eu tô pronta pra isso.', mas sejamos francos, tem mais chances de ir pra frente os relacionamentos realistas (que sabem lidar com diferenças, erros, a camisa bréga dele e a maquiagem cheguei dela) do que os amores a la conto de fadas. Felizes para sempre o caralho, prova aí que a Branca de Neve não viu o Encantado olhando pra bunda da Cinderela numa festa, ou que o Príncipe não ficou puto com a fatura do cartão quando a Pequena Sereia comprou um aquário novo.
Acho - como humilde Julieta - que o segredo é aceitação e bom senso. Ah, o bom senso... Essa coisinha básica como um vestidinho preto, mas que de vez em quando aperta e a gente resolve não usar.
Ninguém é moldado pra ninguém, e isso presupõe que existirão falhas. O 'quê' da parada mano é saber até onde ir e até que ponto você consegue engolir as falhas do outro.
Sim, porque o fato de namoro, rolo, casamento e afins incluírem atritos, não quer dizer que tudo é passível de 'ah, acontece e bola pra frente', tcs tcs. Às vezes a taça de cristal quebra e não adianta tentar colar, porque você vai ter pena de enchê-la de bom vinho e desperdiçar, passando a usá-la apenas para bebida barata. Para os leigos: às vezes fode sem chance de conserto.
No fim das contas, cada um sabe como pagá-las e não é uma Julieta sem Romeu que vai ensinar nada. A dica é banal... Use as receitas da vovó para tudo: saber a medida dos ingredientes faz toda a diferença.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Breve comunicado

Romeu traiu Julieta com uma 'talzinha' qualquer. Descoberto, passou a se humilhar por perdão. Acontece que Julieta não é Amélia, embora seja mulher de verdade... Deu um chega pra lá no Montecchio, descolou um moreno e vestindo jeans, foi viver o amor sem dramas.

Chamamos Tristão e Isolda para cobrir as férias, mas eles não aceitam fazer freela.

Voltamos em alguns dias... Se é que Julieta vai querer voltar.



Enquanto isso visite o Relicário Vazio.

domingo, 10 de outubro de 2010

Devaneios - Sobre amor, ética e decepção

Era uma vez Romeu e Julieta. Era uma vez o amor. Era uma vez, sem felizes para sempre.

Geralmente escrevo inspirada pela rotina e os presentes que ela me traz. Hoje a inspiração é amarga, tão intensa que mesmo tentando contê-la, ela vaza através dos meus olhos, boca e letras. É uma tentativa desesperada de converter a tristeza em frases que salvem o restinho de mim que sobreviveu.

Estou ferida de morte, mas sei que tudo passa. É esse meu bote salva vidas.


A gente acorda, levanta, corre... Sai, trabalha, se estressa, ri, encara o trânsito, vê pessoas, julga, xinga, volta pra casa, descansa, ama, come, pensa, dorme... Nada ‘acontece’ sem que a gente ceda e faça, mecanicamente ou não.

As pernas não nos levam sem que a gente queira ir, o trabalho não é executado sem que a gente o faça (infelizmente), o amor não é amor sem que a gente ame. No fundo, somos causa e efeito das nossas escolhas, e nenhuma delas se impõe.

Discorri sobre isso pra ilustrar como me sinto depois de ouvir a palavrinha ‘aconteceu’. Quem tem um pouquinho de experiência de mundo sabe que, na maioria das vezes, ela resulta de uma merda muito grande um ato falho.

Passei a noite em claro pensando nesse deslize. Concluí que não, nada simplesmente ‘acontece’. Embora errar seja humano, passar por cima de sentimentos alheios é desumano, e se o perdão é divino, o que me resta é despejar palavras e buscar acalanto em algum lugar no meio desse turbilhão.

Outras pessoas deixaram ‘acontecer’ e agora pago o pato. É justo que eu sofra por escolhas alheias? De que valem meus atos éticos se a falta de ética dos outros me condena?

Me fiz perguntas e de algum lugar que ainda sonha, saíram as respostas...

Por mais que doa ser magoada, não perdi nada. A integridade que comandou meus atos é meu passe de libertação: sim, adianta ser ética, mesmo que nem todo mundo seja. Adianta amar, crer, ter fé nas pessoas... Porque quando uma delas me joga num abismo de decepção, é o histórico das minhas ações que me salva e me dá asas.

As emoções ainda são muito intensas e talvez deturpem o que quero expressar. Em síntese, fiz minha parte, fui machucada mas tenho uma caixinha de primeiros socorros. Minha consciência, vestida de branco, vai curar as feridas.

Amor é uma palavrinha curta e enorme. Amor não machuca. Amor é uma coisa oca quando não conhece o respeito. Amor basta pra que a gente ame, mas não basta pra que a gente seja feliz.

Amor não é aquele frio na barriga, nem tão pouco a emoção do flerte. Amor é conhecer bem o ser amado e ainda assim sentir frio na barriga.

Amor não se extingue porque você foi ferido. Não pode ser extirpado porque as coisas deram errado... Mas como nada simplesmente ‘acontece’, você tem escolhas e quando o amor te frustra, pode definir se ele vale a pena, mesmo travestido de vilão.

Me decepcionei e o amor ficou intacto. A fé é que morreu... E pra mim, amor sem fé é árvore infrutífera. Faminta como sou, estou abrindo mão dessa relação e de visitá-la na UTI. Desligando os aparelhos e dando à ela a morte digna que ela merece.

‘Acontece.’

sábado, 18 de setembro de 2010

Romeus

Romeu não era metrossexual.
Não colecionava figurinhas da Copa, não trocava Julieta pelo futebol e não fugia de DR's.
Romeu é que era homem de verdade. Pelo menos no 'faz de conta'.

Eis aqui algumas versões...





Vale a pena conferir os Blogs, os enredos e os Romeus.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

[Re]Moendo lembranças

'Juntei algumas sensações, um punhado de tweets e meia dúzia de lembranças.
O resultado é óbvio: sua ausência gritando.'


Tenho uma saudade tão forte de você que dá vontade de sentar no meio fio e chorar. Lágrimas quentes, meladas e sinceras. Que vontade de ver seu número vibrando no visor do meu celular e sorrir um sorriso bobo e feliz. Que triste essa coisa de não ser feliz a todo minuto. Sei que ninguém é, mas eu queria ser.

A gente tem essa mania de achar que é especial, mas no fundo somos todos farinha do mesmo saco. Menos a Clarice, ela era diferente.

É um porre essa sensação de estar com tanta gente ao redor e ao mesmo tempo sentir a maior solidão do planeta encruada no âmago do estômago.

Quando sinto sua falta fico assim, dentro de mim se torna um lugar inabitável, tudo dói uma dor ardida e quente. Essa maldita mania de interpretar a alma e compreender os contextos ainda me faz te entender, te esperar e enquanto isso ir vivendo com as milhares de possibilidades que o mundo promete e cumpre se quiser. Vai ver que é por isso que minha simpatia anda distante e quase imperceptível... Pra acharem que sou legal, precisam querer muito, porque eu não tô nem aí.

Nesses dias estranhos fico arrogante, metida e prepotente, não preciso de absolutamente ninguém que não seja você.

Queria ouvir sua voz nem que fosse para falar banalidades, conversar qualquer coisa e rir de bobagens. Até o superficial precisa de embasamento pra valer a pena.

Não preciso de companhia pela mera falta de alguém, não dividir as coisas é bem ruim, mas pior ainda é dividir com qualquer um. Amadurecer tem seus privilégios, como desejar atitude e consistência nas pessoas.

Quem não me ama que vá procurar quem amar, porque a vida sem amor, meu amor não vale a pena.

A solidão pode até ser dolorida, mas triste mesmo é a superficialidade fingindo ser o que não é.

Se eu ainda fosse Clarice, mas nasci Flávia.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Curtas de Amor



Antiquado: 'Frustrou-se, já ñ recebia emails dele. Enquanto isso, a pilha de cartas aumentava, esquecida na caixa de correio.'


Lado a lado: 'Rasguei todas as suas cartas por ódio. Depois fiquei montando e colando. Por amor.'


Ar: 'Maquiou-se e vestiu a melhor roupa. Cantarolando as músicas favoritas subiu ao 18º. Sorrindo, quis aprender a voar. Finalmente estava livre.'


Rendição: 'Estagnei no ponto em que entregamos os pontos. Continuo te esperando junto com a poeira do que já passou.'