quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Breve comunicado

Romeu traiu Julieta com uma 'talzinha' qualquer. Descoberto, passou a se humilhar por perdão. Acontece que Julieta não é Amélia, embora seja mulher de verdade... Deu um chega pra lá no Montecchio, descolou um moreno e vestindo jeans, foi viver o amor sem dramas.

Chamamos Tristão e Isolda para cobrir as férias, mas eles não aceitam fazer freela.

Voltamos em alguns dias... Se é que Julieta vai querer voltar.



Enquanto isso visite o Relicário Vazio.

domingo, 10 de outubro de 2010

Devaneios - Sobre amor, ética e decepção

Era uma vez Romeu e Julieta. Era uma vez o amor. Era uma vez, sem felizes para sempre.

Geralmente escrevo inspirada pela rotina e os presentes que ela me traz. Hoje a inspiração é amarga, tão intensa que mesmo tentando contê-la, ela vaza através dos meus olhos, boca e letras. É uma tentativa desesperada de converter a tristeza em frases que salvem o restinho de mim que sobreviveu.

Estou ferida de morte, mas sei que tudo passa. É esse meu bote salva vidas.


A gente acorda, levanta, corre... Sai, trabalha, se estressa, ri, encara o trânsito, vê pessoas, julga, xinga, volta pra casa, descansa, ama, come, pensa, dorme... Nada ‘acontece’ sem que a gente ceda e faça, mecanicamente ou não.

As pernas não nos levam sem que a gente queira ir, o trabalho não é executado sem que a gente o faça (infelizmente), o amor não é amor sem que a gente ame. No fundo, somos causa e efeito das nossas escolhas, e nenhuma delas se impõe.

Discorri sobre isso pra ilustrar como me sinto depois de ouvir a palavrinha ‘aconteceu’. Quem tem um pouquinho de experiência de mundo sabe que, na maioria das vezes, ela resulta de uma merda muito grande um ato falho.

Passei a noite em claro pensando nesse deslize. Concluí que não, nada simplesmente ‘acontece’. Embora errar seja humano, passar por cima de sentimentos alheios é desumano, e se o perdão é divino, o que me resta é despejar palavras e buscar acalanto em algum lugar no meio desse turbilhão.

Outras pessoas deixaram ‘acontecer’ e agora pago o pato. É justo que eu sofra por escolhas alheias? De que valem meus atos éticos se a falta de ética dos outros me condena?

Me fiz perguntas e de algum lugar que ainda sonha, saíram as respostas...

Por mais que doa ser magoada, não perdi nada. A integridade que comandou meus atos é meu passe de libertação: sim, adianta ser ética, mesmo que nem todo mundo seja. Adianta amar, crer, ter fé nas pessoas... Porque quando uma delas me joga num abismo de decepção, é o histórico das minhas ações que me salva e me dá asas.

As emoções ainda são muito intensas e talvez deturpem o que quero expressar. Em síntese, fiz minha parte, fui machucada mas tenho uma caixinha de primeiros socorros. Minha consciência, vestida de branco, vai curar as feridas.

Amor é uma palavrinha curta e enorme. Amor não machuca. Amor é uma coisa oca quando não conhece o respeito. Amor basta pra que a gente ame, mas não basta pra que a gente seja feliz.

Amor não é aquele frio na barriga, nem tão pouco a emoção do flerte. Amor é conhecer bem o ser amado e ainda assim sentir frio na barriga.

Amor não se extingue porque você foi ferido. Não pode ser extirpado porque as coisas deram errado... Mas como nada simplesmente ‘acontece’, você tem escolhas e quando o amor te frustra, pode definir se ele vale a pena, mesmo travestido de vilão.

Me decepcionei e o amor ficou intacto. A fé é que morreu... E pra mim, amor sem fé é árvore infrutífera. Faminta como sou, estou abrindo mão dessa relação e de visitá-la na UTI. Desligando os aparelhos e dando à ela a morte digna que ela merece.

‘Acontece.’

sábado, 18 de setembro de 2010

Romeus

Romeu não era metrossexual.
Não colecionava figurinhas da Copa, não trocava Julieta pelo futebol e não fugia de DR's.
Romeu é que era homem de verdade. Pelo menos no 'faz de conta'.

Eis aqui algumas versões...





Vale a pena conferir os Blogs, os enredos e os Romeus.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

[Re]Moendo lembranças

'Juntei algumas sensações, um punhado de tweets e meia dúzia de lembranças.
O resultado é óbvio: sua ausência gritando.'


Tenho uma saudade tão forte de você que dá vontade de sentar no meio fio e chorar. Lágrimas quentes, meladas e sinceras. Que vontade de ver seu número vibrando no visor do meu celular e sorrir um sorriso bobo e feliz. Que triste essa coisa de não ser feliz a todo minuto. Sei que ninguém é, mas eu queria ser.

A gente tem essa mania de achar que é especial, mas no fundo somos todos farinha do mesmo saco. Menos a Clarice, ela era diferente.

É um porre essa sensação de estar com tanta gente ao redor e ao mesmo tempo sentir a maior solidão do planeta encruada no âmago do estômago.

Quando sinto sua falta fico assim, dentro de mim se torna um lugar inabitável, tudo dói uma dor ardida e quente. Essa maldita mania de interpretar a alma e compreender os contextos ainda me faz te entender, te esperar e enquanto isso ir vivendo com as milhares de possibilidades que o mundo promete e cumpre se quiser. Vai ver que é por isso que minha simpatia anda distante e quase imperceptível... Pra acharem que sou legal, precisam querer muito, porque eu não tô nem aí.

Nesses dias estranhos fico arrogante, metida e prepotente, não preciso de absolutamente ninguém que não seja você.

Queria ouvir sua voz nem que fosse para falar banalidades, conversar qualquer coisa e rir de bobagens. Até o superficial precisa de embasamento pra valer a pena.

Não preciso de companhia pela mera falta de alguém, não dividir as coisas é bem ruim, mas pior ainda é dividir com qualquer um. Amadurecer tem seus privilégios, como desejar atitude e consistência nas pessoas.

Quem não me ama que vá procurar quem amar, porque a vida sem amor, meu amor não vale a pena.

A solidão pode até ser dolorida, mas triste mesmo é a superficialidade fingindo ser o que não é.

Se eu ainda fosse Clarice, mas nasci Flávia.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Curtas de Amor



Antiquado: 'Frustrou-se, já ñ recebia emails dele. Enquanto isso, a pilha de cartas aumentava, esquecida na caixa de correio.'


Lado a lado: 'Rasguei todas as suas cartas por ódio. Depois fiquei montando e colando. Por amor.'


Ar: 'Maquiou-se e vestiu a melhor roupa. Cantarolando as músicas favoritas subiu ao 18º. Sorrindo, quis aprender a voar. Finalmente estava livre.'


Rendição: 'Estagnei no ponto em que entregamos os pontos. Continuo te esperando junto com a poeira do que já passou.'

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Conto sem fadas

'Romeu, você sabe que te quero bem...
Mas sua distância me consome e seu ciúme me aprisiona.
Um tempo, vamos dar um tempo.

Beijo, Julieta.'


Era uma vez uma menina delicada que preferia o bandido ao mocinho.
O príncipe vivia preocupado com o topete enquanto cavalgava no cavalo branco. Já o bandido, não estava nem aí e saía em disparada no cavalo mais veloz que pudesse encontrar.
O mocinho era babão e enfadonho, e só a fazia feliz no final. Ela queria ser feliz agora... No máximo daqui a pouquinho.
Queria emoção, reboliço, estardalhaço. E o príncipe... combinava com pasmaceira.
Por isso gostava do bandido: ele deixava a barba por fazer, arranhava. Usava palavras lascivas, não fazia questão de agradar.
Tanto fez que um dia conquistou o mau elemento.
Apaixonado, o bandido já não usava os modos costumeiros. Trazia flores, escrevia poesia rimada, usava gel.
A mocinha agora o tinha nas mãos.
Incorfomada, roubou o primeiro cavalo que conseguiu encontrar. Despreocupada com o penteado, fugiu sem olhar para trás.



segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Amor! Amor?

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Do medo mútuo



‘Tenho medo’. Disseram juntos, em uníssono.

Ela, ar exausto. Lágrimas ainda marcadas na face alva, olheiras e aura de quem carrega uma história triste. Naquele rosto pálido, via-se um anjo caído. Sabe-se lá que tipo de sofrer arrancara sua inocência, deixando lacunas visíveis em seu olhar.

Ele, graça e leveza. Sorriso fácil, uma quase-malandragem que tentava disfarçar quaisquer danos. Mas afinal, tristezas todos temos... Um pierrô disfarçado em arlequim.

Ela sofria de uma dor chamada passado. O medo era latente em cada momento feliz. No fundo, cada instante de alegria era uma dolorosa e lacerante facada... A pobrezinha tinha em si apenas uma certeza: ‘tristeza não tem fim, felicidade sim’.

Ele era impetuoso, ainda conseguia crer. Crer no amor, numa história feliz, num enredo próspero. Recitava sonetos com ar de convicção: ‘em seu louvor hei de espelhar meu canto...’.

‘Tenho medo’. Os olhos gritavam quase pedindo socorro.

Ela não sabia jogar. Não tinha táticas, não conhecia golpes, estava desarmada. Restava auto sabotagem, e era sua única saída quando o medo atingia o âmago.

Ele gostava de cartas. Conhecia um ou outro truque, vencera certas batalhas. Ousava para não ficar de mãos atadas.

Ela curtia dramas. Achava bonito ver mocinhas soluçando ou amores se diluindo. Uma beleza tácita e real. Adorava músicas água com açúcar, valsava nas frases chorosas.

Ele não compartilhava desse tom dramático, mas conhecia alguns clássicos românticos, e eram suficientes pra embasar seu delírio.

‘Tenho medo’. Beijavam-se com lábios trêmulos.

E assim amaram-se... Um absorvendo o medo do outro, diluindo as dúvidas, convertendo as dores.

Querer é assim, imparcial. É desejar desde a maior qualidade até o mais profundo temor.

‘Tenho medo’. Repetiam simultaneamente... ‘Medo de perder você’.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Homicida


É como eu estava dizendo... Desde que ele apareceu e essa felicidade absurda começou a me rondar, não tenho mais paz.
Dei pra cantarolar Vinicius. Logo eu, decorando soneto.
Por isso quero que você o mate.

Faça com jeitinho, pra não doer muito. Ele é sensível e... Ah, quer saber? Faço-o sangrar. Devolva todas as dores que ele me fez sentir naquela noite em que prometeu ligar, mas esqueceu. Fiquei plantada ao lado do telefone, planejando um alô desinteressado que não desse pistas da minha ansiedade. Mas o filho da puta não ligou. E fui dormir imaginando se havia sido trocada por uma loira, ou quem sabe uma ruiva. Ele gosta de ruivas.

Se tenho certeza? Claro que tenho certeza. Quem é que consegue conviver com essa pressão constante, essa responsabilidade? Não dá, não dá.

No meio das nossas noites de amor, tenho ímpetos de fulminá-lo com as armas que essa relação me trouxe: minha ansiedade e meu ciúme.
O palhaço brinca comigo, sabe... É, ele ri da minha intensidade.

Ficam os dois rindo da minha cara, ele e a felicidade. Parecem cúmplices. Eles conspiram contra mim. Planejam me entorpecer mais e mais, pra depois fugirem juntos.

Como é que você não está entendendo? É óbvio. Ele apareceu do nada, encheu minha rotina de alegria, e ainda quer me convencer de que isso se chama acaso?

Olha, minha vida se baseia em buscar um amor perfeito, uma vida feliz. Ele me entregou tudo isso de bandeja. Por isso quero que ele morra e suma com os medos que trouxe consigo.

Ao mesmo tempo que o amo e sorrio feito boba, padeço de saudade.
É, saudade.

Sinto falta de buscá-lo por aí, de viver uma vida com lacunas. Ele me encheu de certezas, mas não sei lidar com isso.

Esse contentamento arrancou minha pose de comandante. Quem sou eu sem minha convicção?

Pra me sentir no comando, vale tudo. Vale até esmagá-lo. Isso mesmo. Vou colocar sobre os ombros dele toda a minha angustiante necessidade de tê-lo, até que ele desista. E aí vou usar aquele vestido preto que adoro, e minha expressão de abandono: ‘Eu estava certa. Você não suportaria qualquer coisa ao meu lado’.

Sim, pode matá-lo. E se conseguir, apague também nossas conversas intermináveis, e aquele sorriso estúpido que eu amo.

Ele merece padecer como padeço sempre que me imagino sem ‘nós’.

Doem todas as dores quando penso que, finda essa felicidade, vou perder o rumo. Então, que ela termine do meu jeito, sem dar a ele chances de me abandonar.

Não queira compreender. Apenas faça... Mate-o!

Por causa dele, já recorri aos livros de autoajuda, já frequentei o MADA*, já fiz cena de ciúme, já enjoei dessa idiota que ele criou dentro de mim. Chega!

Decidi e não volto atrás. Quero vê-lo estatelado, morto no chão da sala, cena do meu livro favorito... Do jeitinho que me enxergo quando minha imaginação masoquista desenha o fim da nossa história.

Cada vez que imploro pra que ele me deixe, é meu coração suplicando pra que ele assine um documento jurando ficar pra sempre.

É minha última palavra.

Coração, mate-o!



[Mais em: Confraria dos Trouxas]

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Por isso foram felizes no século XXI



Julieta tinha insônia. E Romeu não se importava em ser acordado com um telefonema no meio da madrugada.

Romeu não era temperamental. E Julieta não gostava de provocá-lo.

O signo de Romeu não combinava com o de Julieta. Mas ele era teimoso, e ela não se ligava em astrologia.

Romeu não tinha uma ex namorada com dor de cotovelo. E Julieta não era bipolar.

Romeu era sensível na medida. E Julieta não fazia greve de sexo.

Romeu não era metrossexual. E Julieta não precisava dividir a chapinha.

Romeu não babava por qualquer par de pernas. E Julieta não tinha rompantes de insegurança.

Romeu não esticava o happy hour de sexta-feira. E Julieta não criava ceninhas com pequenos atrasos.

Romeu não insinuava que Julieta estava acima do peso. E Julieta não descontava as crises emocionais no chocolate.

Romeu não era fascinado pelo álbum de figurinhas da Copa. E Julieta não bancava a madura.
Por essas e outras, morreram se amando.

domingo, 16 de maio de 2010

Se eu me apaixonar por você

prometa fazer minha vida mais feliz
e meus dias mais sorridentes
com seu abraço de urso e seus beijos estalados

Se eu me apaixonar por você
prometa não me abandonar no meio da rua
enquanto o inverno me castiga
e arranha meus ossos

Se eu me apaixonar por você
diga que me ama todos os dias
até não ter mais voz pra dizer
nenhuma palavra a não ser meu nome

Se eu me apaixonar por você
eu te peço com carinho
de peito e braços abertos
não me abandone jamais


Tweet: Romeu amava. Julieta amava. Por isso morreram se amando.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eu queria que você visse

as noites que passei em claro
a vez que bati o carro
as noites que chorei por você não estar do meu lado

Eu queria que você lesse
todos os poemas que rascunhei
todas as nuvens que desenhei
minha cara de mentira quando disse “eu não chorei”

Eu queria que você enxergasse
que não fumo mais
que nunca dei pra trás
que um dia não vamos mais morar com nossos pais

Eu queria que você entendesse
como o meu amor é grande
como meu carinho é grande
como a palavra “grande” é pequena

Eu queria que você sonhasse
comigo te dando banho
comemorando mais um ano
fazendo loucuras embaixo daquele pedaço de pano

Eu queria poder te dar
todas as estrelas do céu
uma colher de mel
o mais lindo vestido de véu

Eu queria que você soubesse
que o céu está bem perto
que Quintana nem sempre está certo
que o meu peito sempre vai estar aqui, aberto

Eu queria que você lembrasse
daquela vez que nós brigamos
da vez que reconciliamos
da noite que nos amamos

Eu queria que vc tivesse
mais uma boa noite de sono
uma cadeira que pudesse chamar de trono
mais um pacote daquele biscoito Bono

Eu queria que você fechasse os olhos
e entendesse como é grande o meu amor por você
e soubesse como é grande o meu amor por você
e lembrasse como é grande o meu amor por você


Tweet# Romeu sabia usar as palavras. E Julieta sempre tinha 5 minutos a mais pela manhã. Por isso morreram se amando.

sábado, 1 de maio de 2010

Arrancando Pétalas

(Quando Julieta deseja ser Capitu)



"...En medio del camino había una piedra..."

A pedra que Drummond deixou no meio do caminho teima em brigar com as borboletas de Quintana.

Hoje não quero poesia. Não a poesia lírica que desenha corações no ar e sininhos tilintando. Rompantes emocionais tem soado tão blasé quanto notícias de folhetim. Aliás, não preciso ir muito longe para encontrar esse ar blasé. Basta vasculhar aqui mesmo, nesse espaço que as vezes parece lacuna. No meu peito.

É fácil: está tudo na superfície. Quis esconder, mas faltou coragem para enterrar lá no fundo.

Acordei desejando verdades lascivas, fábulas corrosivas, realidade crua e mal temperada. Só pra testar. Só pra variar um pouquinho.

Hoje, Vinicius só serve se for para cantarolar Arrastão. Soneto eu não quero.

Escolho os olhos de ressaca, oblíquos e dissimulados de Capitu, aos ímpetos dramáticos de Julieta ("...O Romeo, Romeo! Wherefore art thou Romeo?...")... Tão apaixonada. Tão desesperada. Tão óbvia. Tão eu!

Ando impaciente com a carência alheia.

Ei, solta a minha mão! Não adianta me olhar assim de lado, nem pedir colo, nem recitar versinho rimado. Desliga essa baladinha romântica e coloca uma do Chico...

Pois é, também sei jogar. Evitei, mas conheço as regras. Sei ser fria, ainda que ache mais gostoso ser quente... É tão mais gostoso.

Mas desisti.

Estou empacotando as vontades e desembrulhando as necessidades. É hora de ser, e não de querer, embora eu tanto queira.

E já chega, porque nada que eu diga você vai entender... Somos espécies distintas e cá estou, engolindo todas as suas verdades para que você não desdenhe mais das minhas.

Pessoa tem toda razão: ‘Quem quer dizer o que sente não sabe o que há de dizer’.

E em verdade, vos digo: nada me falta, porque é a ausência que me enche e entorpece, e de entorpecer em excesso, ganhei a lucidez.

Sou Julieta, mas também posso ser Capitu. E até Marguerite Gautier, aquela... ‘A Dama das Camélias’.

Hoje eu não vou te amar.

Amanhã a gente conversa.




#tweet: Romeu ñ era um Dom Casmurro desconfiado. E Julieta não flertava com outros cavalheiros. Por isso morreram se amando.


Leia esse e outros textos da Julieta toda sexta-feira, na Confraria dos Trouxas.


domingo, 25 de abril de 2010

Não viviam no século XXI, por isso morreram se amando

Romeu amava Julieta. Julieta amava Romeu. Mas... e se Julieta tivesse Orkut ou Romeu fosse um Don Juan incorrigível? E se ele recebesse mensagens de texto de uma tal de Ana, ou ela tivesse um amigo de olhos verdes e ombros largos?

Papo de Romeu e Julieta: antes do 'felizes para sempre'.